Pregando uma postura de independência, mas já dando um primeiro e importante voto a favor do Governo, o senador paraibano Efraim Filho vai liderar o bloco partidário que se autodenominou “Democracia”. É o maior bloco do Senado, formado por 31 parlamentares do União Brasil, MDB, PDT, Podemos, PSDB e Rede, que fala em ter uma atuação mais independente.
Apesar de pregar independência, a maioria dos senadores do bloco, incluindo Efraim, aderiram ao candidato do Governo, Rodrigo Pacheco, para a presidência do Senado, reeleito na semana passada. Para a oposição, a reeleição de Pacheco é um cheque em branco para Lula, já que o presidente do Senado tem dado demonstrações claras de que fará tudo que o novo presidente quer.
“Como União Brasil, buscamos um bloco com caráter mais independente, diferente do bloco composto pela base do governo, para que pudéssemos ter aquela composição de maioria. Essa liderança nos dá a possibilidade de participar de forma mais ativa dos debates, sentar à mesa na reunião do Colégio de Líderes, representando a vontade da maioria do Senado”, disse Efraim.
Entre as pautas a serem defendidas pelo “Democracia” está a simplificação da reforma tributária, uma das principais bandeiras de Efraim.
“Duas agendas são prioritárias em todo governo que se inicia: a econômica e a social. Na social, a PEC da Transição praticamente já encaminhou o tema. Já a agenda econômica será o grande ponto de debate e enfrentamento. Uma das alternativas é conseguir avançar com a simplificação e a desburocratização, facilitando a vida de quem produz e valorizando o empreendedor.”
Lado a lado, União e MDB seguem juntos direcionando o bloco da maioria no Senado Federal sendo uma voz ativa nas principais decisões da Casa.