Durante a abertura da 4ª Conferência Nacional da Juventude, Lula se gabou de ter conseguido colocar um “comunista” no Supremo Tribunal Federal (STF). O petista se referia à aprovação no Senado, do nome do ministro da Justiça, Flávio Dino, para ocupar a vaga deixada após a aposentadoria da ministra Rosa Weber.
”Vocês não sabem como estou feliz hoje. Pela primeira vez na história desse país, nós conseguimos colocar na suprema corte desse país, um ministro comunista, companheiro, dá qualidade de Flávio Dino”, disse ele, ovacionado pela militância que passou a gritar o nome de Dino.
Durante os debates da campanha eleitoral do ano passado, Lula fingia condenar a indicação de aliados políticos, para rebater a indicação feito por Bolsonaro, do ministro Kassio Nunes, que nunca teve filiação partidária ou qualquer participação na vida política.
“Tentar mexer na suprema corte para colocar amigo, para colocar companheiro, para colocar partidário, é um retrocesso que a República brasileira conhece”, disse Lula em um dos debates da TV Globo.
Dino já é o segundo amigo indicado por Lula ao STF na atual gestação, fora os que já estão lá de outras gestões, a exemplo de Dias Tofolli e Edson Fachin. O último havia sido o advogado pessoal de Lula, Cristiano Zanin.
Dessa forma, Lula não só vai confirmado que mente sem qualquer receio, como está ampliando sua militância no STF e desmobilizando a corte em assuntos que envolvam aliados ou adversários diretos do petista, a exemplo de Bolsonaro.