A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram, na manhã desta terça-feira (26), a Operação CTO, com o objetivo de investigar crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais. Os delitos teriam sido cometidos por sócios e colaboradores de empresa Braiscompany, especializada em comercialização de criptoativos. Essa é, na verdade, um desdobramento da Operação Halving.
A operação Halving foi deflagrada em fevereiro, com mandados de busca e apreensão, mandados de prisão, sequestro de bens e suspensão parcial das atividades da empresa investigada. Com os elementos colhidos nas medidas judiciais, outros crimes e vários outros envolvidos foram sendo apontados como participantes do esquema criminoso. De acordo com a PF, nos últimos 4 anos foram movimentados valores equivalentes a aproximadamente 2 bilhões de reais em criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos.
Na ação de hoje, foram cumpridos 2 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campina Grande/PB e Lagoa Seca/PB. Os crimes investigados são os previstos nos arts. 7º e 16 da Lei nº 7492/86, além do artigo 12 da Lei 12.850/13.
O nome da operação é uma alusão ao setor da empresa onde atuavam os traders, denominado como Centro Tático Operacional (CTO). Em tese esse deveria ser o coração da empresa, onde seriam gerados os lucros que permitiriam os pagamentos prometidos em propaganda. No curso da operação Halving foram reunidos indícios de que o desempenho desse setor nem de longe alcançava o que era necessário para a viabilidade do negócio.