Amigo e apoiador de ditadores, o presidente Lula (PT) desafiou o Tribunal Penal Internacional, que expediu um mandado de prisão contra o ditador russo Vladimir Putin, por crimes contra a humanidade, praticados na guerra da Ucrânia. Com a previsão de uma reunião do G20, em 2024, no Brasil, Lula disse que Putin pode vir tranquilo que não será preso em território nacional. Ou seja, o petista vai descumprir o mandado de prisão da corte de Haia.
A afirmação de Lula foi feita nessa sexta-feira (8), em entrevista à imprensa indiana. Seguindo um rodízio entre os países membros e não por escolha, Lula será o presidente do G20 a partir do ano que vem. Neste domingo (10), ele apresentou à cúpula na Índia, seu plano e agenda para o grupo.
Além de haver o pedido de prisão emitido pelo Tribunal Internacional contra o líder russo, o Brasil ratificou o tratado da corte. Mas, para Lula, qualquer sinalização no sentido de uma eventual prisão de Putin poderia contaminar o debate do G20 e levar a reunião a uma irrelevância e fracasso.
Na avaliação do Planalto, o pedido de prisão não contribuiria para eventuais negociações em busca de uma saída pacífica para a guerra e Lula quer pousar de pacificador internacional, mesmo sem ter relevância alguma para tal, no cenário mundial.
Depois de voltar ao governo, Lula já andou dando declarações que tentam isentar Putin da culpa de invasor da Ucrânia, colocando vítima e agressor da guerra no mesmo patamar. Em viagem à China, no início desse ano, o petista disse que o presidente da Ucrânia não queria negociar a paz.
Na verdade os ucranianos são as vítimas desse processo, tendo o país invadido e seus cidadãos mortos pelas tropas russas. Mas Lula não quer culpar o “amigo” ditador e agora promete guarida a Putin, no Brasil.
Países ocidentais lembram que o Brasil tem a obrigação de cumprir as decisões da Corte, em Haia.