O governo federal anunciou nesta sexta-feira (7) o fim do programa de descontos para carros populares, que durou menos de um mês. Para tentar amenizar a frustração com o programa, que não pegou, o governo fala em uma estimativa de 125 mil veículos vendidos, sem dados oficiais do setor automotivo. Os descontos continuam para compra de caminhões, ônibus e vans.
Com a liberação de todos os recursos, o programa termina menos de um mês após ser lançado. Inicialmente, o prazo previsto era de quatro meses. Os descontos foram de R$ 2 mil a R$ 8 mil para carros de pequeno porte, com valor total de até R$ 120 mil.
Ao todo, o governo gastou R$ 650 milhões dos R$ 800 milhões previstos, para tentar passar a idéia para a população de que, com Lula de volta ao poder, o pobre podia comprar carro zero.
Os R$ 150 milhões restantes serão usados para compensar a perda de arrecadação em impostos, causada pelo desconto no preço final dos veículos. Ou seja, aliviar o rombo previsto nas contas públicas.
A missão de anunciar o fim do programa foi dada ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, em entrevista a jornalistas. Foi uma forma de poupar a imagem de Lula, da iniciativa que não teve fôlego para continuar. Segundo o Alckmin, o programa “deu fôlego à cadeia automotiva”, embora as montadoras estejam com pátios lotados de carros.
Segundo o vice-presidente, só para pessoas físicas, foram disponibilizados R$ 500 milhões em créditos, com a aquisição de 95 mil veículos. No dia 30 de junho, foram emplacados 27 mil veículos — maior número já registrado na série histórica, de acordo com o vice-presidente.