Após articulação com a Procuradoria Geral da República (PGR), o ministro Alexandre de Moraes incluiu o ex-presidente Bolsonaro na investigação sobre os ataques de vandalismo em Brasília, no último final de semana.
A ideia dos aliados de Lula é associar falas de Bolsonaro às invasões do Congresso, do Planalto e do STF, de forma que ele seja apontado como um dos articuladores dos ataques, que causaram dano ao patrimônio público.
Na decisão, Moraes argumento que um pronunciamento de Bolsonaro, postado e depois apagado das redes sociais no dia 10 de janeiro, foi mais uma das situações em que o ex-presidente se posicionou, “em tese”, de forma criminosa contra as instituições.
“O pronunciamento do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, se revelou como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal – imputando aos seus ministros a fraude das eleições para favorecer eventual candidato – e o Tribunal Superior Eleitoral –, sustentando, sem quaisquer indícios, que o resultado das Eleições foi é fraudado”, escreveu o ministro.
Após a decisão de Moraes, a defesa de Bolsonaro se pronunciou através de nota.
“O presidente Jair Bolsonaro sempre repudiou todos os atos ilegais e criminosos, e sempre falou publicamente ser contra tais condutas ilícitas, assim como sempre foi um defensor da Constituição e da democracia. Em todo o seu governo, sempre atuou dentro das quatro linhas da Constituição.
O presidente Jair Bolsonaro repudia veementemente os atos de vandalismo e depredação do patrimônio público cometido pelos infiltrados na manifestação. Ele jamais teve qualquer relação ou participação nestes movimentos sociais espontâneos realizados pela população.”