Crescem em Brasília os rumores de que o ex-presidente Lula desistirá da sua candidatura à presidência da República. Sua intenção, na qual acreditam inclusive pessoas da cúpula do PT, seria colocar Fernando Haddad em seu lugar, porém “na hora certa”, quando avaliar que sua campanha necessitar de uma nova cartada para empolgar o eleitorado.
O alvo dessa estratégia seria conquistar os eleitores de classe média, que ainda resistem em votar no Lula, por causa dos processos, condenações e das múltiplas acusações de corrupção, tráfico de influência, quadrilha, etc. Até mesmo pela forma como o petista foi colocado em condições de disputa, com uma argumentação jurídica do STF sobre o processo do caso triplex, que não é unanimidade no meio jurídico.
Outras razões da possível desistência de Lula seriam de foro pessoal. Na cúpula do PT atribui-se a decisão a uma promessa que ele teria feito à sua mulher, Janja, depois que saiu da prisão, que não seria candidato. Alegando que foi presidente duas vezes e já tem lugar na História, ele pretenderia “curtir” o resto da vida com Janja, com viagens e diversão.
Atualmente, Fernando Haddad é pré-candidato ao Governo de São Paulo.
Assunto proibido
A possibilidade da desistência de Lula, no entanto, estaria sendo tratada como assunto proibido dentro do partido, até mesmo para não queimar o fator surpresa da possível entrada de Haddad na disputa, repetindo a estratégia de 2018.
Na manhã dessa segunda-feira (18), o senador Humberto Costa (PT-PE) negou a existência desses rumores e disse que a candidatura de Lula segue firme e forte. O senador atribuiu os boatos a apoiadores de Bolsonaro.