A justiça condenou Jonathan Henrique, a 21 anos de cadeia pela morte da estudante Patrícia Roberta, de 22 anos. O crime aconteceu em abril de 2021, no bairro de Gramame, em João Pessoa e o julgamento aconteceu nessa quinta-feira (25).
Na avaliação do júri popular, Jonathan foi o responsável por matar a estudante e ocultar o cadáver, que só foi encontrado dois dias após o desaparecimento de Roberta. No julgamento, o réu só respondeu às perguntas feitas pela defesa.
Durante a fala, Jonathan alegou que a morte de Patrícia aconteceu durante uma relação sexual. Ele disse que fez uso da asfixiofilia, prática sexual que envolve asfixia . “Eu não sei o que aconteceu, acho que eu ainda não estava em estado normal, porque aconteceu essa tragédia”, afirmou no interrogatório.
Em sua versão, o acusado conta que entrou em pânico quando a ex-namorada, que estava grávida do filho dele na época, e a ex-sogra chegaram no local. Ele conta que colocou o corpo em outro quarto para escondê-lo.
“Só tentei afastar os problemas porque ela tava grávida, tava começando a me estruturar, criar uma nova família. Normalmente eu não seria capaz de fazer uma coisa dessas, mas foi um ato de desespero”, disse Jonathan.
O que ele chamou de problema foi o fato de ter atraído Patrícia, que morava em Caruaru (PE), para passar um fim de semana romântico na casa dele. Os dois tinham um romance desde os tempos de colégio.
Relembre o caso
No dia 27 de abril de 2021, o corpo de Patrícia Roberta, de 22 anos, foi encontrada com os pés amarrados e envolto em um saco, em uma região de mata no bairro do Novo Geisel, em João Pessoa. De acordo com o laudo da causa da morte, a vítima foi morta por asfixia por esganadura.
Patrícia Roberta, natural de Caruaru, em Pernambuco, havia viajado a João Pessoa para visitar o amigo Jonathan Henrique, chegando na cidade em 23 de abril. O acusado combinou de buscar a vítima, mas acabou não indo e disponibilizou um carro por aplicativo para levá-la até sua casa.
No sábado, 24 de abril de 2021, Jonathan deixou Patrícia trancada em seu apartamento, dizendo que precisava resolver uma “situação”. Conversando com a mãe por chamada de vídeo, Patrícia disse que estava triste porque tinham combinado de passear.
Ainda de acordo com a troca de mensagens com a mãe, Patrícia relata que Jonathan só chegou no domingo, dia 25, e avisou que ambos voltariam juntos para Caruaru. Depois disso, Vera Lúcia, mãe de Patrícia, não conseguiu mais falar com a filha.
Já na segunda-feira, 26 de abril, a família veio para João Pessoa e registraram o desaparecimento da jovem. As polícias Civil e Militar iniciaram as buscas pela vítima.
Os policiais foram até Gramame, onde Jonathan morava. Na madrugada de terça-feira (27), uma testemunha relatou que viu o acusado sair com o que depois seria o corpo de Patrícia enrolado em um tapete. Com isso, a polícia iniciou as buscas pelo acusado e pelo possível corpo de Patrícia.
No dia seguinte, o corpo da jovem foi encontrado em uma região de mata, no bairro do Novo Geisel, perto de onde Jonathan morava. Jonathan foi preso na casa de um amigo, no bairro de Mangabeira II, onde também foi encontrada a moto que teria sido usada para transportar o corpo da jovem até o local onde foi encontrado.