A família do motoboy Kelton Marques, morto em setembro de 2021, denunciou esta semana que o empresário Ruan Macário, condenado a 13 anos de prisão por ter matado Kelton, ainda não pagou nenhuma parcela da pensão de um salário mínimo, determinada pela justiça em maio deste ano.
O empresário Ruan Ferreira de Oliveira, conhecido como Ruan Macário, dirigia embriagado quando bateu violentamente na moto de Kelton, matando o motoboy e fugindo sem prestar socorro. Após quase um ano foragido, ele foi preso, julgado e condenado. Mas segue desobedecendo à justiça, segundo a família da vítima.
A decisão pelo pagamento de uma pensão à família de Kelton foi expedida pela 4° Vara Mista de Santa Rita, no dia 15 de maio. Na ocasião, a juíza Israela Claúdia da Silva Pontes entendeu que o pedido solicitado pela defesa da família deveria ser deferido devido à grande repercussão e comoção do caso, e a morte do provedor da família, deixando de contribuir para o sustento da esposa e duas filhas menores de idade.
Relembre o caso
O empresário Ruan Macário atropelou o motoboy Kelton Marques no dia 11 de setembro de 2021, no Retão de Manaíra, em João Pessoa. Ele dirigia o carro a 163km/h quando ultrapassou o sinal vermelho e atingiu Kelton, que atravessava a rua em sua moto, indo fazer uma entrega.
Todo acidente foi gravado por Ruan com a câmera do carro. Logo após o acidente, o empresário fugiu do local e não prestou socorro ao motoboy, que morreu na hora. O pedido de prisão preventiva foi emitido no dia seguinte, mas o empresário ficou foragido por 10 meses até se entregar à polícia.
Condenado a 13 anos e quatro meses de prisão, Ruan está preso no Presídio de Catolé do Rocha, na Paraíba.