O presidente do Sindicato das Empresas de Centros de Formação de Condutores da Paraíba, Claudionor Fernandes, classificou, nesta quarta-feira (1º), como “retrocesso na formação de condutores”, a proposta de eliminar a obrigatoriedade de frequentar autoescola para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A medida está sendo avaliada pelo governo Lula, que busca medidas populistas para tentar reverter a reprovação da gestão, com o pretexto de reduzir o custo do documento.
Em entrevista , Claudionor afirmou que a iniciativa não possui base técnica e representa um risco à segurança no trânsito, lembrando que o Brasil registra mais de 35 mil mortes por acidentes por ano. Segundo ele, a proposta do governo seria mais uma ação de caráter político do que técnico.
O sindicalista ainda destacou os impactos econômicos da mudança. “São 15 mil empresas em todo o país, gerando 300 mil empregos, em sua maioria em pequenas e médias empresas familiares. Retirar a obrigatoriedade prejudica a formação adequada do condutor e afeta diretamente o setor”, disse.
O Ministério dos Transportes informou que vai abrir consulta pública de 30 dias para discutir alternativas, incluindo a possibilidade de aulas práticas e teóricas ministradas por instrutores autônomos certificados, substituindo parcialmente a frequência obrigatória em autoescolas.