O presidente Lula (PT) voltou a tratar vítima e agressor como iguais, ao se ver obrigado a condenar os ataques terroristas contra Israel, promovidos pelo Hamas, grupo extremista que parabenizou o petista pela volta ao poder no Brasil.
No último sábado (7), Lula se disse chocado com os “ataques terroristas” – sem citar os responsáveis por eles, mas defendeu, na mesma postagem, a pauta de reivindicação do Hamas.
“O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU. Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, publicou em uma rede social.
A criação do Estado Palestino é a principal pauta do Hamas, que reivindica posse de terras hoje ocupadas por Israel. E ao falar em “fronteiras seguras para ambos”, Lula trata Israel como ameaça ao Hamas e seus simpatizantes.
Ucrânia
Não é a 1ª vez que Lula se pronuncia de maneira ambígua em relação a um conflito externo, nas constantes tentativas de se colocar como figura necessária ao cenário internacional. O petista disse em pelo menos duas oportunidades (em entrevista à revista Time e depois ao falar com jornalistas nos Emirados Árabes) que Rússia e Ucrânia eram igualmente culpadas pela guerra iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão russa.
As declarações de Lula sobre o conflito na Ucrânia renderam fortes críticas ao petista:
7.jun.2023 – a revista francesa L’Express disse que Lula não era mais Lula;
23.jun.2023 – o jornal francês Libération chamou Lula de “decepção” e “falso amigo do Ocidente”.