O ex-candidato ao Governo do Estado pelo PL, Nilvan Ferreira, reagiu à decisão da direção estadual do partido, publicada nesta sexta-feira (22), de retirar o deputado federal Cabo Gilberto da liderança da legenda, em João Pessoa. O deputado federal Wellington Roberto, presidente estadual da legenda, decidiu sozinho pela retirada do Cabo das discussões para as eleições de 2024.
Isso porque Gilberto defende a escolha do candidato a prefeito de João Pessoa entre ele próprio, Nilvan ou o deputado estadual Walber Virgulino. Enquanto Wellington Roberto está impondo a candidatura do ex-ministro da saúde, Marcelo Queiroga.
Nilvan criticou a ação de Wellington Roberto, ressaltando que o Cabo Gilberto foi eleito com a maior quantidade de votos pelo partido — com mais de 60 mil votos, principalmente em João Pessoa. O radialista atribui essa decisão a “interesses familiares” do presidente do PL na Paraíba.
“É perseguição. O PL não quer disputar eleição pra ganhar. O PL quer ir para a eleição para negociar o segundo turno e pra fazer o que Wellington Roberto sempre fez: vender o partido para defender os interesses dele e dos filhos dele”, disse Nilvan. “A gente não está na política para fazer esse tipo de negociata”, continuou.
Para confrontar a diferença de interesses do próprio partido, Nilvan Ferreira, ao lado dos deputados Wallber Virgolino (estadual) e Cabo Gilberto (federal), vai definir uma pré-candidatura à Prefeitura de João Pessoa, com possibilidade de ir para qualquer um dos três.
Marcelo Queiroga e conflitos no PL
O ex-ministro da Saúde do Governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga (PL), entrou no cenário político do estado da Paraíba e transformou a relação entre os principais nomes. Nascido na capital, ele se filiou ao PL e ganhou o apoio para ser pré-candidato à Prefeitura de João Pessoa, apoiado pelo presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A união entre Nilvan, Wallber e Cabo Gilberto seria para combater as decisões da cúpula nacional, que foram acatadas pela presidência estadual, de Wellington Roberto. Além disso, as partes criticam a atuação do parlamentar em decisões de Brasília, como foi o caso da reforma tributária.