A prefeita de Bayeux, Luciene Gomes e seu vice, Clecitoni de Albuquerque tiveram seus mandatos cassados pela segunda vez, Justiça Eleitoral da cidade. A decisão dessa quarta-feira (20), assinada pelo juíz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa atende a uma ação movida pela coligação formada pelos partidos PP, PTB, PROS e PSD, denunciando uso da máquina pública na eleição de 2020.
Além da perda dos mandatos, a Justiça determinou que Luciene e Clecitoni fiquem inelegíveis até 2028.
Na decisão, o juíz argumentou que “a candidata à reeleição praticou, inúmeras condutas vedadas em lei, usando e abusando da máquina pública, abusando do poder político e econômico, nomeando um número considerado exorbitante de servidores comissionados, concedendo gratificações e vantagens e fechando acordos com os sindicatos três meses antes do pleito”.
Duas condenações em pouco mais de um ano
Essa é a segunda condenação da dupla em pouco mais de um ano. Luciene e Clecitoni foram condenados, em agosto de 2022, pelo juízo da 61ª Zona Eleitoral por contratação de servidores e distribuição de 6,5 mil cestas básicas em período vedado pela legislação eleitoral, durante 2020, ano de eleições municipais.
Em julho desse ano, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) revogou a decisão e manteve Luciene no cargo. Agora, tudo começa outra vez, em nova ação e nova condenação.
Defesa
Poucas horas após a publicação da decisão, a defesa da prefeita Luciene disse que respeita a posição da justiça, mas que confia na revisão da decisão, pelo órgão colegiado paraibano (TRE). Ainda segundo a defesa, os motivos que levaram a cassação já foram apreciados pelo TRE, quando afastou por seis votos a um o pedido de cassação da chapa eleita no município de Bayeux.