O Sistema Único de Saúde (SUS) aprovou, em julho deste ano, o uso da tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) para o tratamento do câncer de pele não melanoma, o tipo mais comum da doença no Brasil.
Trata-se da terapia fotodinâmica, que consiste na aplicação de uma pomada e uma luz especial que eliminam as células cancerígenas sem a necessidade de cirurgia. O procedimento é rápido, indolor e foi aprovado para uso no.
A terapia fotodinâmica já beneficiou mais de 5 mil pacientes no país. O câncer de pele não melanoma é o mais frequente entre os brasileiros, representando cerca de 30% dos casos registrados no país. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são estimados 176 mil novos casos por ano. A doença é causada pela exposição excessiva ao sol e afeta principalmente pessoas com mais de 40 anos, de pele clara e com histórico familiar.
O tratamento convencional para esse tipo de câncer é a cirurgia, que pode deixar cicatrizes e causar complicações. A terapia fotodinâmica surge como uma alternativa mais eficaz e menos invasiva, que preserva a estética e a qualidade de vida dos pacientes. A técnica consiste em aplicar uma pomada à base de ácido aminolevulínico sobre a lesão e deixá-la agir por três horas. Em seguida, uma luz vermelha é projetada sobre a área, ativando o medicamento e provocando a morte das células tumorais.