A Polícia Civil da Paraíba abriu nessa quarta-feira (19), um inquérito policial para apurar o possível crime de estelionato praticado pelo pastor Péricles Cardoso, que dirige a congregação da Assembleia de Deus, do bairro de Mangabeira, em João Pessoa. O líder é suspeito de aplicar um golpe milionário nos fiéis da congregação.
A investigação partiu da denuncia de membros da congregação, que procuraram a diretoria estadual da Assembléia de Deus, no bairro de Jaguaribe, onde fica situado o templo central.
A suspeita é que a própria denominação também tenha sido vítima das irregularidades, já que o pastor usava o nome da igreja para convencer as vítimas.
De acordo com uma fonte da igreja, o pastor persuadia as vítimas a transferir valores correspondentes a seus limites de cartão de crédito para uma conta bancária ligada a ele. O pastor prometia devolver os valores por meio de pagamentos mensais, porém não honrava o compromisso.
Para conseguir que os membros fizessem essa transferência, o pastor utilizava, dentre outros argumentos, a ideia de que a igreja precisava do valor para a realização de alguma ação ou obra.
Dezenas de pessoas teriam caído no golpe e resolveram denunciar a situação à liderança da igreja, que interveio no caso.
Desde que o suposto golpe foi revelado, os cultos na congregação de Mangabeira estão sendo dirigidos pelo presidente da Assembleia de Deus na Paraíba, o pastor José Carlos de Lima.
A denominação ainda não se pronunciou oficialmente, mas uma liderança da igreja revelou que a Assembleia de Deus pretende acionar o pastor na Justiça, já que ele pode ter utilizado recursos da própria igreja para a prática das irregularidades.
Com a abertura do inquérito, a Polícia Civil já começou a ouvir vítimas e lideranças da igreja sobre o caso. Até o momento não há informação sobre o paradeiro do pastor Péricles.