O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP) disse, nesta terça-feira (11), que um dos motivos para recuar do projeto de alargamento da orla de quatro praias da capital, foi o temor da exploração política do tema, às vésperas da eleição municipal do ano que vem. Segundo ele, a gestão vai avaliar a metodologia para enfrentar o debate no futuro, mas o projeto não está morto.
Demos uma recuada para que os aproveitadores políticos não aproveitem uma véspera de eleição, para querer o quanto pior melhor para querer o emprego de prefeito”, disparou Cícero, em entrevista à CBN Paraíba.
A declaração de Cícero Lucena vai de encontro a um movimento de lideranças políticas, de oposição, que tem planos de comandar a capital a partir de 2025. Dentre os que fazem críticas mais constantemente estão o ex-prefeito e atualmente deputado Luciano Cartaxo (PT), a deputada Cida Ramos (PT), o comunicador Nilvan Ferreira (PL) e o deputado Ruy Carneiro (Podemos). Todos pré-candidatos a prefeito de João Pessoa.
Paralelo a essa tentativa dos oposicionistas para ‘queimar’ o gestor, que tem planos de tentar a reeleição, os Ministérios Públicos Federal, Estadual e de Contas da Paraíba também têm acompanhado o caso e apontado irregularidades na licitação realizada pela Prefeitura de João Pessoa para o alargamento.
Um auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE), assinada pela auditora Renata Diniz, aponta “fortes indícios de direcionamento” para escolha da empresa Alleanza, que foi responsável por intervenções nas praias de Balneário Camboriú e Balneário Piçarras em Santa Catarina. Também questiona ausência de debate com técnicos e a população.