O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu mais uma vez o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com o placar de 3×1 pela inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos, a sessão será retomada nesta sexta-feira (30/06), às 12h.
A sessão dessa quinta foi iniciada com o voto do ministro Raul Araújo, que votou contra a condenação do ex-presidente. De imediato, a imprensa que trabalhou para a derrubada de Bolsonaro e a volta de Lula ao poder, por interesses financeiros, tratou de rotular o ministro de bolsonarista, como se ele não tivesse direito de entender diferente do relator.
Na sequência da sessão, votaram os ministros Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares, pela condenação do ex-presidente, deixa do o placar parcial em 3 a 1. Como são sete ministros, basta mais um favorável ao relator para que Bolsonaro perca os direitos políticos.
Na terça (27/06), o relator, ministro Benedito Gonçalves, já havia votado por condenar Bolsonaro, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Benedito é um dos nomes cotados para ser indicado por Lula ao STF, na vaga de Rosa Weber, que se aposenta em outubro dese ano.
Com relação às acusações contra o vice da chapa de Bolsonaro, Walter Braga Netto, todos os quatro ministros votaram pela rejeição da denúncia. Dessa forma, já há maioria para absolvê-lo.
Faltam os votos da ministra Cármen Lúcia, e dos ministros Nunes Marques e Alexandre de Moraes, presidente do tribunal. Votos esses que certamente serão 2 a 1 contra Bolsonaro, fechado o placar em 5 a 2.
O crime
Bolsonaro é julgado pela reunião com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, na qual criticou o sistema eleitoral brasileiro. O encontro foi transmitido pela TV oficial do governo.
Na reunião — realizada às vésperas do início do período eleitoral — o ex-presidente fez críticas às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral. As falas estão usadas como crime para barrar Bolsonaro das próximas eleições.