Em troca de R$ 1,7 bilhões em emendas, a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (31) a medida provisória que realizou a reestruturação dos ministérios do governo de Lula (PT).
O texto foi aprovado por 337 votos a favor, com 125 contrários e uma abstenção.
O texto tem eficácia até às 23h59 desta quinta-feira (1º) e ainda precisa ser aprovado pelo Senado. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) já marcou uma sessão para esta quinta para analisar o texto.
Durante a votação de um destaque do PL, deputados aprovaram a recriação da Funasa, reduto de políticos.
O presidente da casa, Arthur Lira, abriu o verbo contra o governo. Ele falou de “indicação generalizada dos deputados”, “falta de lealdade” e “falta de capacidade de articulação política do Governo com o congresso”.
STF segue militando
Após subir o tom do discurso contra Lula, o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (Progressistas), entrou no radar do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem agido como comitê político do presidente petista, desde a eleição.
Nesta quarta-feira (31), em meio a votações importantes para o Governo Lula na Casa e as declarações de Lira, o STF autorizou o julgamento de recurso do deputado contra denúncia por corrupção passiva. De acordo com os autos, o presidente da Câmara teria recebido R$ 106 mil em propina do ex-presidente da CBTU Francisco Colombo.
É uma forma de o STF botar o pé no bucho de Lira e forçá-lo a fazer o jogo de Lula.
A segunda movimentação veio da parte do ministro André Mendonça. Ele suspendeu a tramitação da ação movida por Arthur Lira contra o senador Renan Calheiros(MDB-AL por crimes contra a honra. A ação corre na 1ª Vara Criminal de Brasília