Durou pouco a felicidade dos brasileiros com a gasolina mais barata. Quinze dias após o governo Lula anunciar redução de R$ 0,40 centavos no preço do litro, que acabou só chegando R$ 0,20 nas bombas e os outros R$ 0,20 ficando para os donos dos postos, agora veio a notícia de um aumento de R$ 0,26.
Ou seja, o que o governo fez na verdade, foi se antecipar à nova regra de ICMS, que vai entrar em vigor essa semana e puxar pra cima os valores dos combustíveis. Além disso, também vem aí o fim da isenção de PIS/COFINS, previsto para julho, que deve provocar novo aumento.
O aumento de R$ 0,26 (vinte e seis centavos) vai vogirar a partir da próxima quinta-feira (1º) na Paraíba. A projeção é do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado da Paraíba (Sindipetro-PB).
Segundo a entidade, o reajuste leva em consideração a mudança no modelo de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que agora terá alíquota única em reais por litro em todos estados.
Além da Paraíba, o preço do combustível deve ter oscilação em mais 21 estados. A nova alíquota de R$ 1,22 por litro é R$ 0,20 superior à média cobrada atualmente no Brasil. Por outro lado, no Amazonas, Piauí e Alagoas deve haver queda no preço do produto. Em Roraima, não deve haver variação.
De acordo com a pesquisa semanal divulgada pela Agência Nacional do Petróleo, o litro da gasolina comum, a mais vendida nos postos, custa em média R$ 4,99 na Paraíba. A aditivada é vendida por R$ 5,17, enquanto o diesel está em R$ 4,78.
O novo modelo de cobrança do ICMS foi aprovado pelo Congresso, que via margem para fraudes no modelo anterior, em que cada estado praticava sua própria alíquota.
Além de estabelecer um valor único em todo o país, o imposto passa a ser cobrado apenas de produtores e importadores, e não mais de toda a cadeia, incluindo distribuidores e revendedores.