Nada mudou nas práticas de Lula que remetem ao mensalão, maior esquema de corrupção da história do parlamento brasileiro. Auxiliares do governo revelaram à imprensa nacional que o petista deve liberar, na próxima semana, 10% das emendas parlamentares previstas para 2023. A liberação de bilhões de reais será feita às vésperas da votação do Projeto de Regime Fiscal Sustentável, batizado de “arcabouço fiscal”, que vai substituir o teto de constitucional de gastos públicos.
A estratégia veio depois de duas derrotas sofridas pelo governo no Congresso: a retirada de pauta da PL das Fake News e a derrubada de trechos do decreto de Lula sobre saneamento básico.
Desde que se elegeu e sabendo das limitações da economia brasileira, fruto da crise gerada pela pandemia, Lula já discursava contra o teto de gastos, sinalizando sua pretensão de gastar além do que a lei permite, para lançar os pacotes de “bondades” típicos de suas gestões e vender para os brasileiros a ideia de que a vida está melhorando. No entanto ele não pode infringir a Lei para não incorrer em crime de improbidade administrativa e precisa, portanto, modificar essa legislação, dependendo do Congresso para isso.
Integrantes da ala política do Planalto já avisaram, entretanto, que a preferência na liberação dessas emendas será para partidos ou deputados que sinalizarem fidelidade à base aliada de Lula no Congresso Nacional. Ou seja, que votar a favor do arcabouço leva a grana. O governo de Lula, que acusava Bolsonaro de usar o orçamento secreto em troca de apoio no Congresso, vai abertamente comprar votos de deputados.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer protocolar o texto da nova regra fiscal nesta semana na Câmara. Os detalhes da proposta foram apresentados por ele na última quinta-feira (30/3) em coletiva de imprensa.