A Procuradoria-Geral da República (PGR), cujo procurador chefe atual é alinhado ao presidente Lula, denunciou o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), nesta segunda-feira (17), ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelo crime de calúnia contra o ministro Gilmar Mendes.
A denúncia se baseia em uma fala de Moro em um vídeo que circulou na internet na última sexta-feira (14), onde o ex-juiz da Operação Lava Jato acusou “Medes de vender habeas corpus”.
Em manifestação envidada ao STF, a vice-procuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo considerou que Moro fez as declaração em público e com o conhecimento que estava sendo gravado o que mostra a .”nítida intenção de macular a imagem e a honra objetiva do ofendido”.
Para Lindôra, Moro cometeu crime de calúnia contra Gilmar Mendes por afirmar que ele teria praticado corrupção passiva e pede que ele seja condenado. Em caso de condenação superior a quatro anos de prisão, que o senador ainda perca o mandato.
Moro desmente acusação
Em um vídeo divulgado nessa terça-feira (18), o senador Moro fez duras críticas à PGR, afirmando que a denúncia é baseada em um vídeo manipulado, onde sua fala foi editada e publicada nas redes sociais apenas com trechos isolados.
“Quiseram das a entender que não respeito o STF, coisa que sempre foi o contrário. Sou da cerreira jurídica e sei o papel da suprema côrte. Me espanta a Procuradoria Geral fundamentar uma denúncia em algo grosseiramente manipulado”, disse o ex-juiz.
Moro deu a entender que está iniciado um movimento de perseguição, articulado por Lula, que chegou a dizer que vídeo publicado, que só estaria bem quando “fuder o Moro”.