A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (22), uma operação para prender um grupo suspeito de planejar matar e sequestrar autoridades. De acordo com as investigações, o ex-juiz e Senador Sergio Moro (União Brasil) era um dos alvos do grupo criminoso.
Ao longo da manhã, nove pessoa foram presas. Destes, seis foram detidos na região de Campinas após a execução de mandados de prisão, além de um homem preso em flagrante com documento falso. Outras duas pessoas foram presas em Guarujá (SP) e São Paulo.
Segundos os investigadores, foram confirmados mandados contra os seguintes suspeitos (outros nomes não foram divulgados):
- Janeferson Aparecido Mariano;
- Patrick Uelinton Salomão;
- Valter Lima Nascimento;
- Reginaldo Oliveira de Sousa;
- Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan;
- Claudinei Gomes Carias;
- Herick da Silva Soares;
- Franklin da Silva Correa.
Moro ganhou destaque no mundo político após condenar Lula à 9 anos de prisão, por corrupção. Embora outros três juízes federais, da segun instância, tenham confirmado a condenação e aumento a pena para 12 anos, o discurso político de Lula e seus aliados focou apenas em Moro, por ser mais fácil colar contra um só alvo, ao invés de quatro.
Os nomes dos alvos do grupo investigado não foram divulgados até a última atualização desta reportagem. De acordo com a PF, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão em São Paulo, Paraná – onde estão os principais alvos – Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
Os policiais identificaram ainda que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea.
De acordo com os investigadores, os planos seriam retaliação de integrantes de uma facção criminosa por causa de uma portaria do governo que proibia visitas íntimas em presídios federais. Atentados eram planejados desde o ano passado, segundo a investigação.
Os alvos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços de Sergio Moro. A família do senador também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam os investigadores.