Em mais um ato já críticado como abusivo, durante sessão que ocorria no Senado, o ministro Alexandre de Moraes determinou na tarde dessa terça-feira (10) a prisão do ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres e do ex-comandante da PM do DF, coronel Fábio Augusto.
A decretação é parte de uma espécie de revanchismo político, em cima do ocorrido no último domingo, em Brasília, quando os prédios do Congresso, do Planalto e do STF foram depredados por manifestantes contrários a Lula.
A medida tem a presunção de que o Anderson Torres e o coronel Augusto foram coniventes com os atos de vandalismo, porque sabiam antecipadamente que os atos aconteceriam e nada fizeram para impedir.
No entanto, o ministro da Justiça, Flávio Dino, auxiliar de Lula, também sabia antecipadamente das manifestações e sequer tem o nome citado entre os acusados de omissão e convivência com os atos de vandalismo. Há informações de que o próprio Lula sabia, tendo sido informado pelo auxiliar Dino.
Ou seja, a suspeição não é determinada pelo fato de saber antecipadamente e se omitir ou ser conivente com os atos de vandalismo e sim, pelo fato de ser aliado ou opositor do atual governo.
Ainda no domingo, Moraes havia determinado o afastamento do governador Ibaneis Rocha, também aliado de Bolsonaro e opositor político de Lula.
Ex-ministro de Bolsonaro
Antes de ser secretário de segurança do DF, Anderson Torres foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro. Ao sair da pasta federal, pediu para reassumir a Segurança no Distrito Federal e foi atendido.
A nomeação de Torres na Segurança causou reações dentro do PT, que agora se aproveitam do ocorrido no último domingo e do aliado super poderoso no STF para ir à forra contra o opositor político.