O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros no Município de João Pessoa (Sintur-JP), que representa as empresas de transporte coletivo urbano na capital, vem alertando no decorrer dos meses que o passageiro pagante não pode custear sozinho todos os custos da operação do sistema em João Pessoa.
Com a acentuada queda de passageiros transportados ao longo dos anos – com pico na pandemia – e a paralisação do serviço ocasionada nesse período, as empresas de ônibus coletivo vêm enfrentando inúmeras dificuldades de ordem econômico-financeira devido ao atual modelo adotado em algumas cidades, inclusive João Pessoa.
Segundo dados da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbano (NTU), após quase três anos desde o início da pandemia, o segmento ainda não recuperou a quantidade de passageiros transportados anteriormente, e talvez não recupere.
“Com um número menor de passageiros para arcar com os custos, o valor unitário a pagar fica maior. É exatamente por isso que, em vários municípios, o poder público já participa de alguma forma, como, por exemplo, com a isenção de impostos e, também, com o aporte de recursos a título de subsídio do valor da tarifa”, esclareceu Isaac Júnior Moreira, diretor-institucional do Sintur-JP.
“Somente com a contribuição do poder público, o sistema de transporte coletivo será economicamente acessível, socialmente justo, e poderá retomar sua capacidade de investimento para proporcionar um serviço de qualidade”, finalizou Isaac Júnior.