O presidente eleito Lula (PT) vai aumentar ainda mais sua influência nos tribunais superiores, com a indicação de cinco ministros logo no primeiro ano de governo. Favorecido por um indicado (Edson Fachin) que o tirou da cadeia e deu “condições” de concorrer à presidência, Lula terá mais gente o devendo favor nas côrtes.
Em 2023, os ministros Ricardo Lewandowski e a atual presidente do STF, Rosa Weber, vão se aposentar compulsoriamente em maio e outubro, quando completam 75 anos. Assim, duas vagas serão abertas no Supremo.
Essas são as principais vagas cobiçadas no mundo político e jurídico, que costumam ser alvos de disputas marcadas por lobby, duelo de padrinhos, promessas nos bastidores, dossiês e “fritura” em praça pública por parte de adversários.
Não é comum acontecer, mas o Congresso pode barrar a indicação do presidente. E, mesmo aprovando, a votação é um grande indicativo da força ou da falta dela que o presidente tenha no legislativo.
As outras vagas serão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) onde Lula já teve apoio suficiente para ser supostamente favorecido na última eleição, o que tem motivado protestos em todo país, há mais de uma semana. A vaga do TSE, inclusive, é a única que não requer confirmação do Senado.