A direção da campanha de Lula (PT) decidiu explorar, na reta final do segundo turno, o episódio envolvendo a prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), que atirou e feriu policiais federais que cumpriam uma ordem de prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Petistas apostam que o caso tem o potencial de espantar eleitores indecisos e moderados, que podem definir o resultado da acirrada corrida pelo Palácio do Planalto.
A ideia é associar a atitude de Jefferson a Bolsonaro, pelo fato de serem aliados políticos.
Integrantes do núcleo duro da campanha ouvidos pela colunista Malu Gaspar, do Globo dizem que as peças a serem usadas no horário eleitoral vão explorar a ideia de que o caso evidencia “as consequências do estímulo às armas e à violência” por parte do presidente Jair Bolsonaro.
Na noite desse domingo (24), o próprio Lula fez um discurso, dando início à estratégia e atribuindo o crime de Roberto Jefferson ao “adversário” [Bolsonaro]. Imediatamente, a militância do petista tratou de espalhar o discurso nas redes sociais.
O perfil oficial de Lula no Twitter trouxe em primeira não a peça publicitária que será veiculada no guia eleitoral.
Ódio, violência e desrespeito às leis. Roberto Jefferson não é apenas criminoso e um dos principais aliados do nosso adversário: ele é a cara do que Bolsonaro prega. #EquipeLula pic.twitter.com/y3ZLrnfXuJ
— Lula (@LulaOficial) October 24, 2022