A adesão de Veneziano Vital (MDB) à candidatura de Pedro Cunha Lima (PSDB) no segundo turno da eleições da Paraíba ainda vai dar muito o que falar e se especular. Há até quem aposte que aceitar o apoio do emedebista foi a pá de terra nas pretensões de Pedro virar a votação para governador.
A primeira reação foi do presidente do Progressistas na PB, Enviado Ribeiro, que chamou Veneziano de traidor. “Ele estava com João, sai de João e agora se posiciona contra. Diz bem sobre a personalidade dele”, disparou.
Por outro lado, o aliado Ricardo Coutinho, ex-canditato a senador, aprovou a adesão e ainda deixou claro qual a intenção. Em áudio vazado em grupos de Whatsapp, o pestista disse que a possibilidade de Bolsonaro crescer na Paraíba seria herdar os votos de Pedro Cunha Lima.
“O movimento de Veneziano neutraliza Pedro no sentido de ele aderir à campanha de Bolsonaro. Os votos contra João iriam para Bolsonaro e agora vão pra Lula”, disse RC.
Tiro no pé
Outra vertente, essa entre os apoiadores de Pedro é de que, aceitar o apoio de Vené e vincular a campanha a Lula acaba com as chances de virada na eleição, já que os votos que poderiam aumentar a votação do tucano era justamente dos eleitores de Bolsonaro, que no primeiro turno votaram em Nilvan Ferreira (PL).
Justamente por conta da aliança firmada nessa sexta, entre Vené e Pedro, Nilvan adiou o anúncio de sua posição no segundo turno na Paraíba, inicialmente prevista para essa sexta.