A investigação que ainda falta para a polícia, no caso da menina Júlia dos Anjos, 12 anos, foi em parte respondida durante a audiência de custódia do padrasto, Francisco Lopes de Albuquerque, que confessou ter matado a menina e revelou onde escondeu o corpo. Na audiência realizada na manhã dessa quarta-feira (13), Francisco confessou que abusou sexualmente da adolescente por, pelo menos quatro vezes. Mesmo assim, a polícia segue investigando para saber como o abuso sexual se tornou motivação para o assassinato.
Uma das linhas de investigação é que a menina teria ameaçado denunciar a violência que vinha sofrendo. Outra é que o acusado suspeitava que a adolescente estava teria engravidado dele. Nas duas possibilidades, o crime seria para calar a vítima e evitar que o padrasto fosse preso.
Durante a audiência, Francisco ainda tentou culpar a adolescente pelo assassinato. Ele disse que teria passado a abusar da enteada porque a mulher (mãe de Júlia) estava grávida. Disse que a menina não aceitava a gravidez da mãe e ele temia que ela pudesse fazer algo contra o bebê, dando a entender que teria sido induzido pela vítima a tramar o assassinato.
Morte por asfixia
Fracnisco Lopes também contou que teria matado a enteada por asfixia, enquanto ela dormia, na casa dela. A versão também está sendo analisada pela polícia, já que não bate com a versão da mãe, de ter visto a filha sair de casa, após receber mensagem no celular.