Após uma tarde de reunião com dirigentes do PSDB, João Doria voltou atrás e disse a aliados que vai deixar o governo de São Paulo para concorrer à Presidência da República. A mudança de postura teria ocorrido após o governador receber a garantia de apoio do partido à sua candidatura ao Planalto e por pressão de aliados que o querem fora do governo estadual. O PSDB pretende lançar o atual vice-governador, Rodrigo Garcia, como candidato a governador, para bater de frente com o petista Fernando Addad.
Vencedor das prévias do PSDB para a escolha do candidato à Presidência, Doria teve uma conversa com Garcia na noite de quarta-feira (30) e o avisou que não ia mais renunciar ao governo de São Paulo. A decisão seria um contra-ataque ao que Doria via como traição do partido, onde uma ala tem trabalhado para que o candidato do partido à Presidência seja o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
A ideia desse grupo, segundo aliados de Doria, era esperar ele deixar o cargo para confirmar Eduar Leite como candidato, o governador paulista sem mandato e sem candidatura ao Planalto. Após a desistência de Doria vir à tona, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, divulgou uma nota em que reafirmou que João é o nome do partido na disputa pela Presidência da República. Os tucanos foram até a sede do governo paulista e conseguiram convencer o governador a manter o que já estava combinado.