Seguindo a ideia do governo Lula sobre opositores, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, decidiu criminalizar o protesto dos deputados de oposição contra a prisão de Bolsonaro. O paraibano acionou a Corregedoria da Casa, com os pedidos de afastamento, por até seis meses, de 14 deputados da oposição que participaram do que chamou de “motim” no Congresso Nacional e de uma deputada do PT acusada de agressão contra um bolsonarista.
As medidas precisam ser votadas pelo Conselho de Ética da Casa.
Os oposicionistas são, em maioria, do Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, e do Novo, e participaram da ocupação da Mesa Diretora da Câmara, obstruindo a retomada dos trabalhos legislativos. Já a deputada do PT é acusada de agredir o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
Em protesto contra a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro, os parlamentares ocuparam o plenário da Câmara, um dia antes da volta aos trabalhos da casa e permaneceram até o dia seguinte.
No mesmo dia da decisão de Motta, Lula tentou botar lenha na fogueira e, em um evento, disse que os deputados que participam do protesto deveriam perder o mandato. Oportunista como sempre, ele se livraria dos 14 opositores mais combativos na Câmara.