O governo dos Estados Unidos revogou os vistos americanos de Alexandre de Moraes, outros sete ministros do STF, apontados como aliados de Moraes e todos os familiares. A medida foi anunciada pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio.
“O presidente Trump deixou claro que seu governo responsabilizará estrangeiros responsáveis pela censura de expressão protegida nos Estados Unidos. A caça às bruxas política do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão abrangente que não apenas viola direitos básicos dos brasileiros, mas também se estende além das fronteiras do Brasil, atingindo os americanos”, diz a postagem de Rubio na rede social X.
“Portanto, ordenei a revogação dos vistos de Moraes e seus aliados no tribunal, bem como de seus familiares próximos, com efeito imediato”, completou.
A decisão ocorre no mesmo dia em que Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica por Jair Bolsonaro (PL), alegando um suposto plano de fuga do ex-presidente.
Moraes ainda tenta criar novos crimes para atribuir a Bolsonaro, como atentado contra a soberania nacional e obstrução das investigações por conta do tarifaço de Trump ao Brasil.
Os outros ministros
Segundo apuração dos canais Globo, empresa aliada de Lula e de Moraes, os outros ministros não relacionados pelo secretário americano são Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.
Estes são os “aliados” de Moraes citados por Marco Rubio, que sempre integram a primeira turma do STF, onde sempre são validadas em votação colegiada as decisões monocráticas do ministro que investiga Bolsonaro. Assim, anula a possibilidade de recursos viáveis da defesa.
Somente André Mendonça, Luiz Fux e Nunes Marques ficarão de fora das sanções impostas pelo governo americano.