O Brasil foi um dos países que não assinaram, neste domingo (16), o comunicado final da Cúpula para a Paz na Ucrânia, documento que pede o envolvimento de todas as partes nas negociações para alcançar a paz e “reafirma a integridade territorial” ucraniana.
Em meio à guerra que já matou mais de 500 mil pessoas, sendo quase 30 mil civis, Lula continua querendo tirar proveito do problema para aparecer no cenário internacional como conciliador. No entanto, ele não consegue disfarçar a tendência pró Rússia, insistindo em tratar agressor e vítima como iguais.
No sábado (15), em entrevista coletiva na Itália, Lula disse que o Brasil só participaria da discussão sobre a paz quando os dois lados em conflito, Ucrânia e Rússia, estiverem sentados à mesa. “Porque não é possível você ter uma briga entre dois e achar que se reunindo só com um, resolve o problema”, concluiu.
Uma postura muito diferente de como o petista trata a guerra entre Israel e os terroristas dos Hamas. Lula trata como briga entre iguais a invasão da Rússia à Ucrânia, bombardeando presídios residenciais e até parques de diversão, matando civis mulheres e crianças.
“Que a gente coloque, definitivamente, a Rússia na mesa, o Zelensky na mesa, e vamos ver se é possível convencê-los de que a paz vai trazer melhor resultado do que a guerra“, continuou Lula, como se a Ucrânia estivesse atacando a Rússia, da mesma forma que foi atacada.
Ao fim da Cúpula para a Paz na Ucrânia, na Suíça, não houve unanimidade entre as 101 delegações participantes. O documento, que pede que “todas as partes” do conflito armado estejam envolvidas para alcançar a paz, foi assinado por 84 países, incluindo lideranças da União Europeia, dos Estados Unido, do Japão, da Argentina e os africanos Somália e Quênia.
O presidente da Ucrânia criticou a postura do Brasil, de sequer mandar uma comitiva ao encontro. “Quando o Brasil tiver real interesse em nossa soberania e nossos direitos, poderemos ouvir o que eles têm a dizer”, afirmou Zelensky.