Quando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou, na noite de quinta-feira, que Israel havia atacado “a principal instalação de enriquecimento do Irã em Natanz”, ele estava sinalizando a amplitude das ambições de seu país no maior ataque já realizado contra o Irã: Israel buscava destruir o coração pulsante do programa nuclear iraniano.
A instalação de Natanz é onde o Irã produziu a grande maioria de seu combustível nuclear — e, nos últimos três anos, grande parte do combustível próximo ao grau de armamento que colocou o país à beira de construir armas nucleares.
Ainda não há informações sobre se o outro grande local de enriquecimento do Irã, chamado Fordow, também foi alvo. Trata-se de um alvo muito mais difícil, enterrado profundamente sob uma montanha, projetado deliberadamente para estar fora do alcance de Israel.
Como resultado, pode levar dias, ou semanas, para responder a uma das perguntas mais críticas em torno do ataque às instalações do Irã: em quanto tempo Israel conseguiu retardar o programa nuclear iraniano? Se o programa for adiado por apenas um ou dois anos, pode parecer que Israel assumiu um grande risco por um atraso relativamente curto. E entre esses riscos está não apenas a possibilidade de uma guerra prolongada, mas também o fato de que o Irã pode se retirar do Tratado de Não Proliferação Nuclear, levar seu programa para o subsolo e correr em busca de uma arma — exatamente o resultado que Netanyahu buscava evitar.
Irã faz ameaças e diz que Israel e EUA vão ‘pagar caro’ por ataques: ‘Destino amargo e doloroso’
O regime do Irã afirmou que Israel e Estados Unidos vão “pagar caro” pelo ataque lançado por Israel na madrugada desta sexta-feira (13) contra instalações nucleares do país. O líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, disse que Israel receberá “um destino amargo”.
Na madrugada, as Forças de Defesa de Israel atingiram dezenas de alvos no território iraniano. Explosões foram registradas em Teerã e em outras cidades do país. Os militares afirmaram que o objetivo da operação é impedir o avanço do programa nuclear iraniano.
“A mão poderosa das Forças Armadas da República Islâmica não os deixará impunes, se Deus quiser. Com esse crime, o regime sionista preparou um destino amargo e doloroso para si mesmo — e certamente o receberá”, afirmou.