O Colégio de Procuradores de Justiça, do Ministério Público da Paraíba, determinou, nesta segunda-feira (10), que os promotores que atuam no meio ambiente encaminhem relatórios com as medidas a serem adotadas para coibir o que chamou de “loteamento” das praias urbanas na Região Metropolitana de João Pessoa, promovido por bares.
Com o debate levantado pelo procurador Luciano Maracajá demonstra preocupação com a ocupação indevida por parte de bares e empreendimentos privados. Os procuradores apontaram a dificuldade de se achar locais nas areias das praias urbanas que não estejam ocupados por guarda-sóis e cadeiras armados para comercialização.
Os bares utilizam a estratégia de colocar mesas com guarda-sol enfileirados na areia, com garçons designados para atender exclusivamente essa área. É uma forma de ampliar a quantidade de mesas para atendimento, indo além da área construída na calçada da orla.
“João Pessoa vive momentos novos, de crescimento, de expansão. Isso implica em um número de pessoas que transborda o normal. Mas, assisti nas praias de João Pessoa uma enxurrada de barracas tomando conta de toda orla, sendo cobrado preços exorbitantes. A população não pode mais frenquentar as praias porque os bares tomaram conta de tudo. Cobram até R$ 100, e o povo, que o divertimento que tem no final de semana é ir à praia? Os melhores locais estão tomados pelos bares”, criticou Maracajá.
O procurador chamou atenção dos paras que haja diálogo com o Ministério Público Federal (MPF) para que chegue-se ao consenso de quem seria a atuação sobre o tema.
“O problema é grande. Esse loteamento das praias não é simples não. Não é uma pessoa vendendo pipoca ou algodão doce. Estou preocupado com as 100 barracas colocadas na real. E população que vem dos bairros mais humildes? Não tem onde sentar na praia. O rico pode sentar na barrada. Mas, o pobre não”, concluiu Luciano Maracajá.