A executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) homologou nesta terça-feira (2) a pré-candidatura de Luciano Cartaxo a prefeito de João Pessoa. A decisão foi tomada durante reunião da legenda, em Brasília, de forma unânime.
A escolha do deputado põe fim a uma disputa interna na legenda. Além do parlamentar, a deputada Cida Ramos buscava ser o nome do PT para disputa na Capital.
“Com muita honra e alegria recebo a missão de disputar a eleição e implementarmos novamente as políticas públicas defendidas pelo presidente Lula na nossa amada João Pessoa. Nossa cidade vinha num ritmo acelerado de crescimento e investimento nas pessoas”, disse Luciano Cartaxo.
Racha local
A unanimidade que se viu na reunião da executiva nacional não se reflete na militância de João Pessoa. Por aqui, o PT ficou rachado sobre a escolha de Cartaxo e aliados importantes de esquerda, como o PSOL, ainda não aderiram à pré-candidatura do ex-prefeito.
Dirigentes como o presidente estadual do PT, Jackson Macêdo, e de João Pessoa, Marcus Túlio, criticaram a decisão da Executiva Nacional. Eles defendiam o apoio à reeleição do prefeito Cícero Lucena e uma participação na segunda gestão do chefe do executivo municipal.
Em carta, os filiados apontam que a legenda cometeu um “erro político”. Os integrantes tratam da escolha por Cartaxo como uma “imposição”. Além do parlamentar, a deputada Cida Ramos também buscava ser a cabeça de chapa da sigla, mas não conseguiu. Já Jackson Macêdo pregava composição com o prefeito Cícero Lucena (PP).
“A imposição de uma candidatura que não respeita as regras e as instancias locais do PT, sem diálogo com a esquerda e os setores progressistas, não será capaz de unificar o PT em João Pessoa, muito menos empolgar a militância e aqueles que têm a esquerda e o Governo Lula como referências”, diz o texto.