Ao menos 55 universidades, 51 institutos federais (IFs) estão em greve desde abril, de acordo com levantamento do g1, que tem uma linha editorial de defesa do governo Lula. Nesta segunda-feira (3), os professores da UFPB iniciam greve por tempo indeterminado e se juntaram aos servidores que já estavam em parados.
Professores e servidores das instituições reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de alguns atos normativos.
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andres), há uma defasagem de 22,71% no salário dos professores, acumulada desde 2016. A entidade pede uma reposição salarial que considere essa diferença. No entanto, o governo Lula ofereceu, até o momento, 9% para o ano que vem e outros percentuais para os anos seguintes, que não atendem a necessidade das categorias.
Os níveis de paralisação variam — em algumas instituições, professores e técnicos-administrativos aderiram à greve. Em outros casos, apenas os professores ou técnicos estão paralisados. No caso dos institutos federais, a greve atinge pelo menos 400 campi espalhados pelo país.
Na segunda-feira (27), o governo chegou a assinar um acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação).
No entanto, essa proposta não foi aceita pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).