O vereador Professor Gabriel ainda nem tinha sido sepultado e já começava a briga sobre quem assumiria a vaga deixada por ele. Ainda durante o velório, figuras como o prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo, presidente estadual do Avante e a ex-vereadora Raissa Lacerda, já estavam na mídia falando em acionar a justiça pelo direito à vaga.
Para por fim a briga e decidir pela legislação, a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) enviou um ofício ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), com pedido para que a Corte informe quem, entre os suplentes, deve assumir a vaga aberta, com o falecimento do Professor Gabriel, ocorrido na última segunda-feira (27).
O documento, assinado pelo presidente da Casa, Dinho Dowsley (Avante), é endereçado à presidente do TRE, a desembargadora Agamenilde Dias Arruda Vieira Dantas. A magistrada, de pronto, encaminhou a solicitação para a Secretaria Judiciária da Corte, para a coleta de informações sobre o status partidário dos suplentes.
Professor Gabriel faleceu em decorrência de um AVC isquêmico. Ele concorreu nas eleições de 2020 pelo Avante.
Entenda o caso
Em 2020, Tanílson foi eleito vereador pelo Avante e ocupou uma vaga na CMJP. No entanto, em 2022, já no PSB, ele foi eleito deputado estadual, abrindo espaço para um suplente do Avante.
Em fevereiro de 2023, o Professor Gabriel assumiu o cargo de vereador. Além dele, também eram suplentes do Avante Raíssa Lacerda, Márcio Alencar e Renato Martins. Porém, eles deixaram o partido.
Com a morte do Professor Gabriel, Raíssa Lacerda alegou que, mesmo ela não estando mais no Avante, sua equipe jurídica entende que ela é a natural ocupante da vaga, tese contestada pelo Avante, já que Raíssa não faz mais parte da sigla.
O entendimento de Raíssa foi contestado pelo Avante, através do presidente estadual do partido, Vitor Hugo, que afirmou, ainda nessa segunda-feira (27), que o partido iria atrás da vaga deixada pelo Professor Gabriel.