Os professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) decidiram, nesta quarta-feira (29), pela deflagração de greve a partir da próxima segunda-feira (03), por tempo indeterminado. Segundo a categoria, o governo Lula negou qualquer possibilidade de reajuste para 2024 e só ofereceu 9% para 2025.
De acordo com a Associação, uma das justificativas para paralisação é que o governo federal continua negando qualquer possibilidade. Além dos insuficientes 9% em 2025, Lula ofereceu mais 3,5% em 2026.
Já a categoria docente cobra um aumento de 22,71%, referente a perdas acumuladas desde 2016, como horizonte de recomposição para os próximos três anos, sendo 7,06% em 2024; 9% em janeiro de 2025; e 5,16% em maio de 2026.
A votação da greve aconteceu em uma assembleia geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB), realizada no Centro de Vivências da UFPB.
No total, foram 167 votos favoráveis, 38 contrários e 2 abstenções para deflagração da greve. No Campus I, em João Pessoa, foram 147 votos favoráveis a greve e 23 contra. Na segunda-feira (03), às 15h, ocorrerá a instalação do comando de greve na sede da ADUFPB, localizada no Centro de Vivências da UFPB.
Governe mente sobre proposta
Os argumentos dos professores para entrar em greve acabaram revelando uma mentira publicada no site oficial do governo federal, de que o Ministério da Educação havia feito uma proposta de reajuste que variava entre 23% e 43% até 2026, além de 9% que teriam sido garantidos no ano passado, para professores das universidades e institutos federais.
Com uma proposta desse porte na mesa não haveria motivo para os docentes entrar em greve.