Após a direção do engenho da cachaça Triunfo afirmar, em nota, que o incêndio desse domingo (10) em um setor do local não teria feito vítimas, surgiu a primeira vítima das chamas. O médico e ex-professor de música da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), José Augusto Maropo, de 76 anos, foi transferido na manhã dessa segunda-feira (11) para o Hospital de Trauma de João Pessoa, para ser submetido a uma cirurgia nas partes do corpo queimadas.
Somente com a transferência do médico para João Pessoa se tornou público a existência de uma vítima, bem como o relato de que o carro usado por Maropo e outras seis pessoas foi totalmente consumido pelo fogo. Segundo o médico, todos os pertences das pessoas foram queimados e eles voltaram para João Pessoa apenas com a roupa que estavam no corpo, no momento do incêndio.
“Nós estávamos no hotel e decidimos visitar o engenho. Estávamos em um dos ambientes quando alguém gritou fogo, fogo. Minha mulher pediu pra ir ver o carro. No caminho me deparei com o um rio, que eu precisava cruzar pra chegar no carro. Mas quando tentei atravessar percebi que não era água e sim álcool em chamas. Sendo que não dava pra ver as chamas. Por isso queimei as pernas até a altura do líquido”, relatou Maropo.
O médico, que em João Pessoa atende no PSF do José Américo, foi inicialmente socorrido para a cidade de Areia. Mas, dada a gravidade das queimaduras, teve que ser transferido para João Pessoa.
Na manhã dessa segunda-feira, a direção do engenho reconheceu a existência da vítima e disse que vai prestar toda a assistência necessária.