A guerra na Ucrânia completou dois anos e vem afetando significativamente o mundo todo. Apesar de já ter mais de 500 mil mortes, sendo quase 20 mil civis, de acordo com dados oficiais da UNO, a guerra não gera comentários negativos do governo brasileiro, diferente do que acontece com a guerra entre Israel e o Hamas. Isso porque o presidente Russo, Vladimir Putin, é alinhado politicamente com o presidente Lula (PT) e um dos principais mantenedores da ditadura na Venezuela, liderada por outro aliado do petista.
A guerra na Ucrânia não tem data para acabar e atualmente as forças ucranianas estão em posição defensiva. Já abalada pelo conflito, a Ucrânia tem pouca munição e foi obrigada a recuar em algumas regiões do país. O governo da Ucrânia depende muito da ajuda militar, financeira e política de países do Ocidente para expulsar os invasores russos.
A guerra começou em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia e fez ataques pela terra, pelo ar e pelo mar. O motivo da guerra é o desejo do governo russo de tomar parte do território da Ucrânia, onde há ricas reservas de petróleo e tentar impedir que a Ucrânia entre para a aliança militar da Otan, que avança pelo leste europeu.
Diferente do que acontece em Gaza, onde o suposto número de 25 mil mortos é divulgado pelos terroristas do Hamas, que tomaram o governo da Palestina, na Ucrânia os número são reconhecidos pela ONU. Em agosto de 2023 já passavam de 500 mil mortos, contando soldados dos dois lados das trincheiras, sendo mais de 15 mil civis ucranianos, incluindo mulheres e crianças. Mais de 14 milhões de ucranianos tiveram que abandonar suas casas e 6,5 milhões de refugiados fugiram para países vizinhos, de acordo com dados da Organização Internacional para as Migrações.
Silêncio do governo brasileiro
Embora o número de mortos na Ucrânia seja exponencialmente maior que em Gaza, o presidente do Brasil silencia em relação ao massacre russo, com ataques em condomínios residenciais, parques públicos e ruas. A única vez que Lula se pronunciou sobre a guerra promovida pelo amigo russo foi para culpar o governo da Ucrânia por não negocia a entrega das terras que interessam à Rússia e por fim à guerra. Ou seja, culpando as vítimas.
O número de mortos na Ucrânia também não mereceu a classificação de genocídio, embora mulheres e crianças ucranianas também estejam morrendo nos ataques russos.
Os motivos das guerras também chamam atenção para as diferentes avaliações do governo brasileiro. A Rússia invadiu a Ucrânia matando militares e civis ucranianos apenas para tomar terras, com ambição nas fontes de petróleo e como forma de aniquilar o estado ucraniano, para que não entre para aliança militar da Otan.
Em Gaza, Israel revida a um ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro de 2023, que matou 1.700 israelenses, sequestrou cerca de 650 pessoas, que sofreram estupros, torturas e execução em cativeiro. Desde que tomaram o governo da Palestina, os terroristas do Hamas usam a população palestina como escudo humano, vivendo infiltrados entre eles. Há informações de que os principais esconderijos do Hamas estão no subsolo dos hospitais de Gaza.
Por esse motivo os ataques israelenses costumam fazer vítimas civis. Mas a única fonte “oficial” de divulgação de dados de mortos é o próprio grupo terrorista Hamas, que se coloca como governo palestino e tem o chamado “Ministério da Saúde do Hamas”. Apenas de dizerem ter 25 mil civis mortos, não há imagens de um amontoado de corpos nessa proporção e a ideia é que o Hamas tenta jogar parte da comunidade internacional contra Israel, para forçar o fim da guerra e a sobrevivência do grupo terrorista.