Eliane Nunes da Silva, mãe de Júlia Cavalcante, de um ano de idade, relatou para a Polícia Civil que matou a filha com dez facadas, movida pela raiva que estava do marido. O crime aconteceu na manhã dessa quinta-feira (26) dentro do apartamento da família, no bairro do Geisel, em João Pessoa.
Os detalhes do crime que chocou à população de João Pessoa estão no depoimento da acusada, prestado após se entregar à polícia, ainda com as mãos sujas de sangue.
De acordo com a Polícia Cicil, relatos de moradores do prédio, ouvidos como testemunhas, revelaram que, antes de ser morta, Júlia estava brincando no corredor com outras crianças.
No interrogatório, Eliane atribuiu o motivo do crime à raiva do marido. Disse que, após ter recebido uma mensagem do companheiro terminando o relacionamento, se descontrolou e matou a filha.
Eliane afirmou aos agentes que usou uma faca peixeira. Com a arma, desferiu cerca de dez golpes enquanto a menina estava deitada no berço e acordada. Os ferimentos atingiram o abdômen, costas e pescoço.
Enquanto matava a filha, a mãe disse aos policiais que chorava. No depoimento, negou que tenha doença ou qualquer problema mental. Afirmou que lembra de todo ocorrido e, por tanto, nas palavras dela, não houve surto psicótico. Ou seja, foi movida pela incrível capacidade de matar a filha, inocente, de apenas um ano.
Ao ser ouvido, o pai da menina Júlia disse que Eliane sempre demonstrou ter um temperamento forte, mas nunca imaginava que ela pudesse a chegar a matar a própria filha.
Audiência de custódia
Presa em flagrante, Eliane Nunes está detida na Central de Polícia e passará por audiência de custódia ainda nesta sexta-feira (27).
Covardia, crueldade, malícia e maldade. Foram com essas palavras que o delegado Diego Garcia, responsável pelas investigações, descreveu a mãe que assassinou sua própria filha a facadas, em João Pessoa.
A tendência é que a Justiça converta a prisão em preventiva e a envie para o presídio Júlia Maranhão, onde precisará ficar isolada, pra não ser vítima da ira das outras presas, muitas delas mães de crianças pequenas.