Um dia após Lula conquistar seu terceiro mandato, muitos papéis da bolsa de valores se comportaram conforme o esperado para o caso de uma vitória do ex-presidente: subiram as ações que têm grande chance de se beneficiar da gestão petista, desceram as que tendem a se dar mal.
O destaque foi a queda de 8,47% das ações da Petrobrás (PETR4), alvo dos principais escândalos de roubalheira na gestão petista. A queda também foi motivada pela chance zero de Lula privatizar a petroleira, o que aumentaria o valor de seus papéis.
Por esse mesmo motivo, o Banco do Brasil (BBAS3) viu suas ações caírem 4,64%. Também há receio sobre se uma administração petista tornaria essas estatais menos lucrativas para os acionistas. Ambos puxaram as quedas mais bruscas do índice.
Alta na rede privada de ensino
As gigantes do ensino superior privado Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3) subiram 3,46% e 5,42% com a expectativa de que os programas Fies (que financia as mensalidades de cursos universitários para pessoas de baixa renda) e Prouni (que dá bolsas) ganhem um fôlego renovado – as gestões do PT foram marcadas por investimentos generosos em educação.
A MRV, por sua vez, do ramo da construção civil, subiu 3,98%, com a esperança de que as construtoras se beneficiem da volta do Minha Casa, Minha Vida.