O governador João Azevêdo disse na tarde desta segunda-feira (20) disse, em conversa com jornalistas, que a vaga de vice na chapa majoritária não será resolvida ‘no grito’, só se referir ao ambiente criado entre ele e os membros do Republicanos.
João garantiu que tem um bom relacionamento com o presidente do Republicanos, deputado Hugo Motta, mas afirmou que nenhum problema será resolvido na base da ‘voz alterada’ ou da ‘pressão’.
“Tenho uma relação extremamente importante com o Republicanos, Hugo é uma pessoa de bom coração, uma pessoa de boa índole e logicamente isso será posto na mesa. Mas não será com pressão ou com voz alterada que vamos mudar o rumo da Paraíba. Sempre digo que faço política de um jeito que muitos não estão acostumados. Talvez alguns gostem de grito” disse.
Na semana passada, o cenário político assistiu a um bate boca entre João e o Republicanos, após o partido divulgar uma nota acusando o governador de deslealdade. O estopim da confusão foi o anúncio, pela voz do deputado Agnaldo Ribeiro, que o PP e não o Republicanos [como vinha sendo negociado] indicaria o nome do vice na chapa de reeleição do governador.
No dia seguinte, João rebateu a nota e disse que nunca foi desleal ao Republicanos. Agora, os dois lados parecem estar tentando arrefecer os ânimos e evitar um rompimento.
Nesse final de semana, o deputado Hugo Motta também disse que não havia cenário de rompimento com o governador.
Dois pontos contra o Republicanos
Ao que parece, dificilmente o Republicanos vai conseguir emplacar um nome de vice na chapa de João e dois fatores podem ser decisivos pra isso.
O primeiro é que Agnaldo Ribeiro teria negociado com o governador o espaço na chapa, ao desistir de disputar ao Senado. O nome de Agnaldo, desejado por João não iria para a campanha como candidato a senador, mas o progressista cairiam em campo, nas suas bases, para reeleger o governador.
O outro fator é o apoio firme e decido de Hugo Motta a Efraim Filho, pré-candidato a senador na chapa de Pedro Cunha Lima, adversário do governador. Ou seja, o Progressistas tenta garantir espaço nas duas chapas e se garantir na que vencer para o Governo do Estado.